Hoje o Eu Louco te falar sobre um curta de 15 minutos que implodiu o universo de Blade Runner
No meio da calmaria da internet, o Eu Louco desenterrou uma dica de ouro para fãs de ficção científica, especialmente os órfãos do universo Blade Runner. Tem um curta pouco comentado, com direção de um mestre do anime, que mostra o colapso digital de 2022 em apenas 15 minutos. É o tipo de história que responde mais do que promete — e ainda te deixa querendo mais.
O nome da pedrada? Blade Runner: Black Out 2022. Uma produção de 2017 que conecta o primeiro filme clássico de 1982 com o visual alucinante de Blade Runner 2049. E detalhe: não é filme live-action. É anime cyberpunk de raiz, dirigido por Shinichirō Watanabe, o mesmo responsável por Cowboy Bebop e Samurai Champloo. Agora ficou sério, né?
O que rola no curta?
A sinopse é direta: após o surgimento dos replicantes Nexus-8, com vida indefinida, a humanidade entra em pânico. Um grupo de replicantes se organiza para apagar todos os registros da Tyrell Corporation. Literalmente. Eles provocam um EMP (pulso eletromagnético) que gera um apagão global. Adeus bancos de dados. Adeus controle. Bem-vindo caos.
Esse evento é conhecido como Blackout 2022, e virou parte oficial da mitologia de Blade Runner. O curta mostra isso com uma pegada dramática e tensa, onde os protagonistas Iggy e Trixie não são apenas replicantes — são símbolo de revolta, sacrifício e resistência.
Curiosidades que fazem brilhar o neon
- O curta foi lançado pela Crunchyroll antes do filme de 2017, como uma peça do quebra-cabeça.
- A trilha sonora é de Flying Lotus, que dá aquele tom tenso e sintético de cidade em colapso.
- Foi feito pela Sola Digital Arts, com design que lembra muito Ghost in the Shell e Akira.
- A versão original está disponível no YouTube, inclusive com legendas em português.
Vale a pena?
Totalmente. É um curta que não enrola, não romantiza e não explica demais. Joga você no meio do apagão e te faz entender que, às vezes, o futuro não precisa de muito tempo para desmoronar. E a direção de Watanabe entrega peso emocional e crítica social com pinceladas visuais de cair o queixo.